Dois dos principais times da América do Sul na atualidade abrem na noite desta quarta-feira as semifinais da Copa Libertadores. Campeões das edições passadas do torneio continental e do Campeonato Brasileiro respectivamente, Santos e Corinthians vão a campo às 21h50 (de Brasília), na Vila Belmiro, para um confronto inédito por vaga na final da competição.
A partida opõe um ataque comandado pelo craque Neymar contra um rival que vem tendo a melhor defesa em todos os campeonatos que disputa. Consciente da importância de construir um bom resultado já na ida, o técnico Muricy Ramalho espera uma grande atuação para garantir tranquilidade maior na volta, marcada para quarta-feira que vem, no Pacaembu.
“É bom atuar na nossa casa, pois a Vila é um campo que nós conhecemos muito bem e onde temos um grande apoio da torcida. Até porque, do outro lado vai estar o Corinthians, que é um timaço, para mim o mais equilibrado do País. Eles são muito fortes e serão grandes adversários. Vamos ter que jogar muito bem para ganhar”, disse o treinador, que espera o aval do departamento médico do clube para confirmar a escalação do meia Paulo Henrique Ganso.
O jogador será submetido a um teste físico nesta quarta-feira para saber se reúne condições de jogo. Ganso, que passou por uma artroscopia no joelho direito no último dia 25, será avaliado pelo médico ortopedista José Ricardo Pécora, responsável pela sua cirurgia, em conjunto com os profissionais do Santos. Caso ainda apresente inchaço ou dores, o centroavante Alan Kardec será recuado para o meio-campo, e Borges formará o ataque com Neymar.
Enquanto Ganso ainda não tem sua presença confirmada no clássico, Neymar não só está garantido como é a principal arma para esse confronto. De volta de uma série de amistosos da Seleção Brasileira nos Estados Unidos, ele é a esperança para dar um passo importante rumo à segunda decisão consecutiva da Libertadores.
“O Corinthians é uma grande equipe, possui um grande elenco e conta com jogadores fantásticos, que podem decidir uma partida a qualquer momento. Será um ótimo jogo, em que as emoções estarão à flor da pele. A pressão se multiplica em um clássico como esse. Estamos confiantes e esperamos nos superar, pois sabemos da responsabilidade que nós temos”, analisou o camisa 11 santista, que não terá marcação individual, segundo o corintiano Tite.
“Não se retira o Neymar do jogo. Pode se diminuir as ações dele. E não é de um jogador só nossa responsabilidade. Isso é transferir a responsabilidade da equipe toda, do técnico, para um atleta apenas. Isso, sob meu comando, não será feito. A equipe tem responsabilidade de jogar bem, de buscar resultado, de fazer uma grande partida técnica e individualmente para depois neutralizar o Neymar e as ações do Santos”, falou o treinador.
O Corinthians, de fato, apresenta sólido desempenho até aqui, tendo, graças à eliminação do Fluminense para o Boca Juniors, a vantagem da melhor campanha – razão pela qual fará o segundo jogo da semifinal como mandante, no Pacaembu. Em paralelo, porém, soma um só ponto em quatro rodadas no Brasileiro e já ocupa a lanterna.
“Estar em último não interfere, nossa motivação vai ser a mesma. Era melhor termos somado mais pontos, porque não começar bem pode fazer falta no Brasileiro. Mas é um campeonato longo, enquanto a Libertadores tem só mais quatro jogos. Temos que concentrar forças nesses jogos”, avalia o meia Danilo.
O camisa 20 é o artilheiro da equipe no torneio ao lado de Jorge Henrique, com três gols, o que expõe a falta de um finalizador em boa fase: Liedson foi relegado à reserva de Elton, que também não agrada Tite. A saída do treinador tem sido revezar Danilo e Alex e o segundo atacante Emerson na função de homem de frente. Solução que ainda desperta dúvidas.
O que não se discute é o poderio defensivo corintiano, em especial na Libertadores, já que no Brasileiro a escalação não tem se repetido. A retaguarda alvinegra foi vazada apenas duas vezes em dez partidas (por Deportivo Táchira-VEN e Nacional-PAR), ainda na fase de grupos, quando Julio Cesar ainda era o goleiro titular – o camisa 1 deu lugar a Cássio depois da eliminação no Campeonato Paulista.
“Quer espetáculo mais bonito do que esse? Todos os outros são menores, que estará recheado de qualidade técnica, de Neymar, de lance individual do Emerson, de batida do Alex, de assistência do Danilo, das saídas de Arouca e Paulinho…”, valorizou Tite, às vésperas do principal duelo da América.
Fonte: Gazeta Espotiva
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