Futebol não é de forma alguma uma ciência exata. Pelo contrário. Depende mais da intuição do que da razão, dos cálculos, de números ou fórmulas. Por isso, graças à uma tremenda falta de cintura do técnico Tite, o Corinthians venceu o Al Ahly (Egito) por 1 a 0, passando um grande sufoco, nesta quarta-feira, pela manhã, pelo Mundial de Clubes, no Japão. A classificação veio, mas com os calções na mão.
Explico: no primeiro tempo, Tite fez o time jogar em função do Guerrero. Por incrível que pareça, deu certo. O peruano fez um gol de cabeça em cruzamento de Douglas. Na etapa final, os adversários perceberam a tática alvinegra, foram para cima e quase empataram e viraram no placar. Faltou para eles categoria no momento da finalização, para sorte do Bando de Louco, com quase 20 mil pessoas presentes no estádio.
Era simples Tite resolver o problema. Bastava sacar Guerrero (figura inútil na etapa final) colocar Romarinho, deixando espaço livre para Paulinho chegar de trás, como sempre aconteceu. Errou em tirar Emerson Sheik, atacante talhado para decisões. Ou seja, Tite preferiu ganhar no sufoco por 1 a 0 do que vencer com facilidade de 4 a 0, deixando o time mais solto e leve no gramado.
Se conheço meu eleitorado, final será um baita sufoco também.
E tenho dito!
Fonte: Gazeta Esportiva
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