Após empate sem tempo normal e na prorrogação , a Itália contou com Buffon parágrafo avançar
Campinas, SP, 24 (AFI) – Quem vê apenas o placar de 0 a 0 imagina que Itália e Inglaterra fizeram um jogo típico entre duas escolas defensivas. Mas o jogo de quartas de final da Eurocopa, neste domingo, em Kiev (Ucrânia), foi de muitas emoções e diversas chances de gol em 120 minutos. E quem levou a melhor foi a Itália, que criou mais oportunidades, mereceu ter vencido no tempo normal, e foi premiada com a classificação nos pênaltis, com o placar de 4 a 2.
Agora a Itália vai reencontrar a Alemanha, na reedição da semifinal da Copa do Mundo de 2006, quando os italianos avançaram à final para pegar a França. Já a Inglaterra, eliminada, mantém o tabu. Não chega a uma semifinal desde 1996, quando jogo a Eurocopa em casa.
A primeira semifinal será na quarta-feira, às 15h45 (horário de Brasília), em Donetsk, envolvendo Portugal e Espanha. No dia seguinte, em Varsóvia, no mesmo horário, jogam Alemanha e Itália. Os quatro times, juntos, somam seis títulos e seis vice-campeonatos. A final será no próximo domingo.
O jogo
Acostumadas a apresentar um futebol pouco ofensivo, Itália e Inglaterra fizeram, desde os primeiros minutos, um jogo cheio de possibilidades. A primeira foi com De Rossi, que acertou um chute mágico, de primeira, da intermediária, colocando muito efeito na bola. Uma pena que a bola acertou a trave esquerda, próxima ao ângulo. A Inglaterra respondeu rápido, também num lance dos mais bonitos da Eurocopa. Tudo graças a Buffon, que defendeu chute de Johnson, à queima-roupa, de forma espetacular, com a mão esquerda.
Depois, o foco iria para Balotelli. O atacante, que atua no futebol inglês, pelo Manchester City, perdeu três chances de gol. A primeira foi a mais clara. Ele recebeu longo lançamento de Pirlo, para sair cara a cara com Hart. Mas ele não dominou tão bem a bola, permitiu a chegada de Terry e, quando tentou o chute por cobertura, acabou travado pelo defensor.
Em outro passe de Pirlo, Balotelli recebeu nas costas da zaga, mas chutou de primeira, tentando o voleio, e acabou mandando a bola sem força. Na terceira jogada importante dele, o atacante apareceu na pequena área para desviar passe vindo da direita e mandar por cima do gol. A Inglaterra também foi perigosa no primeiro tempo e quase fez um golaço aos 31 minutos. Welbeck tocou, Rooney devolveu de calcanhar, e o chute, de primeira, foi por cima do gol.
O segundo tempo também começou movimentado e Balotelli, sempre ele, perdeu mais uma chance aos 5 minutos, pegando sobra na área e chutando em cima de Hart. No rebote, Montolivo mandou para fora. O atacante do Manchester City não desistia e, aos 14, quase fez de bicicleta. Ele dominou na coxa, jogou a bola para cima e virou. A tentativa passou por cima do travessão. O fim do tempo regulamentar foi emocionante. Aos 43, Nocerino recebeu na área, bateu de esquerda, ma foi travado por Johnson na hora certa. Já nos segundos finais, Carroll ajeitou de cabeça e Rooney tentou de bicicleta, mandando por cima do gol.
Prorrogação
Na prorrogação, as emoções não cessaram. Os dois times procuravam o gol e, nos 15 minutos inicial, quem ficou mais perto de abrir o placar foi a Itália. Diamanti acertou a trave esquerda de Hart num cruzamento que ninguém desviou.
O mesmo Diamanti criou a melhor jogada da segunda etapa. Ele fez lance individual pela direita e cruzou na área. Nocerino, ligeiramente impedido, desviou de cabeça e marcou, mas o gol foi impedido. Atrás, Balotelli esperava a bola livre – e em posição legal.
Pênalti
Mal nas finalizações no jogo, Balotelli bateu o primeiro pênalti. E, com tranquilidade, abriu o placar. Gerrard deixou tudo igual, mas Montolivo, que escolheu o mesmo canto direito que os dois anteriores, não teve a mesma precisão: mandou para fora.
Apagado no jogo, Rooney colocou a Inglaterra na frente. Pirlo foi de cavadinha, fez um golaço de pênalti e deixou tudo igual. Ashley Young não teve a mesma paciência. Encheu o pé e balançou o travessão. Nocerino fez a parte dele, recolocou a Itália na frente e, depois, foi a vez de Buffon brilhar. O goleiro esperou Ashley Cole bater, pulou no canto certo e segurou. Diamanti também foi bem, marcou e colocou a Itália na semifinal.
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