A arrancada do São Paulo parou no adversário mais improvável. Nos três primeiros jogos contra o Bahia, o time paulista acumulou três vitórias, marcando cinco gols e não sofrendo nenhum. Mas neste domingo os nordestinos se vingaram: venceram por 1 a 0 em Salvador, se afastaram da zona da zona de rebaixamento e complicaram o objetivo do adversário de conseguir, ao menos, uma vaga na Libertadores.
Vindo de três triunfos consecutivas, o São Paulo teve trabalho para equilibrar a partida no estádio de Pituaçu e foi, inicialmente, auxiliado por Souza, que perdeu chances claras. Mas os comandados de Ney Franco deram espaço para Gabriel avançar e fazer o único gol da partida, aos 25 minutos do segundo tempo.
Com a derrota, o Tricolor do Morumbi parou nos 34 pontos e agora está a quatro do Vasco, que ocupa a quarta colocação, dentro da faixa da tabela que dá vaga na Libertadores. O Bahia, por sua vez, chega a 23 e fica ainda mais distante do setor da classificação que define quem estará na Série B em 2013.
Os nordestinos têm a oportunidade de embalar às 19h30 (de Brasília) de quarta-feira, embora recebe o líder Atlético-MG. O São Paulo busca a recuperação no mesmo dia, às 22 horas, diante do Internacional, no Morumbi, em confronto direto para chegar à Libertadores na próxima temporada.
O jogo – Como Luis Fabiano forçou o terceiro cartão amarelo para evitar desgaste físico jogando neste domingo, Ney Franco escalou Cícero como centroavante, e não perdeu velocidade, embora o meio-campista não seja tão rápido quanto Osvaldo, outra opção para o setor. E ganhou alguém com estatura para dar trabalho logo aos cinco minutos, chutando para Marcelo Lomba defender.
Mas não foi no ataque que apareceram os maiores problemas dos paulistas no primeiro tempo. Explorando principalmente os avanços de Cortez, o Bahia do técnico Jorginho colocou Gabriel nas costas do lateral esquerdo do São Paulo, sempre com Neto passando por ali. Paulo Assunção e Denilson demoraram a entender como parar a jogada.
Com o caminho descoberto para balançar as redes de Rogério Ceni, faltou à equipe nordestina um centroavante mais eficiente. Entre os nove e os 13 minutos do primeiro tempo, Souza teve quatro chances. Pelo chão, demorou a dominar a bola e foi facilmente desarmado por Rafael Toloi. Pelo alto, cabeceou mal duas vezes e, na terceira, quando testou firme, não marcou por conta de desvio da zaga são-paulina.
Foi quando a equipe do Morumbi percebeu que deveria usar as dimensões do estádio para espalhar seu time e o do adversário, desafogando a pressão. Segurando a bola até o meio-campo principalmente com Maicon, o visitante controlou os anfitriões e foi criando chances de gol: Cícero e Jadson apareceram sem marcação na área e pararam em Marcelo Lomba, enquanto Lucas chutou para fora.
Já sem a bola, o Bahia precisou demonstrar disposição para reagir. E a reencontrou com Zé Roberto, que passou a puxar contra-ataques, recolocando Neto e Gabriel na partida e conseguindo que os adversários acumulassem cartões amarelos. O espirito dos nordestinos foi mantido no início do segundo tempo, na tentativa de abrir o jogo e ver se Souza acertava alguma finalização.
A falha que Jadson teve, porém, não apareceu em Gabriel. Da mesma forma que Fahel havia feito, aproximando-se da meia-lua sem ser incomodado por nenhum jogador do São Paulo, o atacante do Bahia carregou a bola até ter a visão clara do gol e bater no canto esquerdo de Rogério Ceni, abrindo o placar.
Foram mais de 20 minutos nos quais o São Paulo, sem nenhuma organização, tentou somar ao menos algum ponto na marra. Insuficiente para superar o Bahia, animado por sua disposição em campo e pelos torcedores presentes, que cantaram e fizeram festa do início ao fim da partida no estádio de Pituaçu.
Fonte: Gazeta Esportiva
Deixe um comentário