A dois dias da final mais importante da história do Corinthians, o técnico Tite permaneceu quase uma hora concedendo entrevista coletiva no CT Joaquim Grava, nesta segunda-feira. Concentrado no jogo de quarta, no Pacaembu, o comandante evitou responder às declarações de jogadores como Riquelme e Orión e rebateu as ‘estatísticas passadas’ exaltadas pelo Boca Juniors antes do confronto decisivo.
Mesmo deixando claro que Corinthians e Boca precisam escrever sua “própria história”, Tite lembrou de um feito histórico particular: em toda a carreira como treinador, ele jamais perdeu para times argentinos. Ao todo foram dez confrontos, com dois empates e oito vitórias das equipes de Tite envolvendo disputa de Copa Mercosul, Sul-americana e também da Libertadores.
“Todas minhas participações contra argentinos eu venci, mas foi outra história, em outro momento. Venci contra River, Talleres, Boca Juniors (em 2008, pelo Inter), Estudiantes, que estava há 49 partidas invicto, mas nós com dez homens vencemos. Foi outro momento. Isso serve estatisticamente, mas agora Boca e Corinthians vão escrever sua própria história, dia 4”, disse Tite, em resposta a pergunta de um jornalista argentino, que relembrou os títulos do Boca sobre equipes brasileiras.
Em 2000, 2003 e 2007, o Boca Juniors derrotou Palmeiras, Santos e Grêmio, respectivamente, para conquistar três de seus seis títulos continentais. Esse retrospecto foi considerado pelo goleiro Orión, que afirmou que os brasileiros se sentem ‘incomodados’ em confrontos diante do time argentino. Além dessa declaração, chamou atenção uma manifestação do meia Riquelme, de que Corinthians teria jogado de forma muito recuada em La Bombonera.
“Não vou comentar nada não. São duas grandes equipes, com excepcionais jogadores. O Corinthians com toda a sua grandeza, toda sua qualidade. O Boca da mesma forma. Temos respeito pelo trabalho do Boca e também exigimos respeito. Em termos estatísticos, ele (goleiro Orión) está falando a verdade, o Boca venceu os brasileiros. Só que cada jogo é um jogo, cada história é uma história”, encerrou o treinador corintiano, sem criar polêmica às vésperas da inédita decisão continental do Timão.
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