Milton Cruz aparece à frente do São Paulo em momentos ruins no clube, logo depois da demissão de algum treinador. Como o time teve cinco comandantes nos últimos três anos, o coordenador técnico tem atuado bastante interinamente, e com sucesso: sua última derrota ocorreu em 25 de fevereiro de 2010.
O revés aconteceu diante do Once Caldas, na Colômbia, por 2 a 1, pela fase de grupos da Libertadores de dois anos atrás. Naquele momento, Milton Cruz substituía Ricardo Gomes, que tinha ficado no Brasil em recuperação de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Desde então, o interino comandou a equipe em oito jogos, com cinco vitórias e três empates.
“Não lembrava da última vez, não. Mas agradeço a confiança da diretoria e de todos os funcionários do clube, que torcem por mim e querem que eu vença. Isso é importante. Não foi uma vitória só minha, ou dos jogadores, mas também de todos que estão no clube”, comentou o coordenador técnico após bater o Cruzeiro por 3 a 2 no sábado.
A sequência invicta de Milton teve triunfo por 5 a 1 sobre o Monte Azul, 0 a 0 diante do Oeste e 1 a 1 com o Atlético-PR, todos em 2010, 2 a 1 contra o Cruzeiro, 3 a 0 na casa do Inter, 1 a 0 contra o Libertad e 0 a 0 contra o Coritiba, os quatro em 2011, e o triunfo do último fim de semana sobre o Cruzeiro.
O aproveitamento neste período sem vitórias é de 75% de conquista dos pontos disputados. O número melhorou o que, antes, era um desempenho ruim. Foram 11 períodos de Milton Cruz sozinho como interino, com 17 jogos. No total, foram sete vitórias, seis empates e quatro derrotas – 52,9% de aproveitamento.
O ex-atacante também tem como fator positivo sua parceria com o então preparador de goleiros Roberto Rojas quando, em 2003, levou o Tricolor à Libertadores. Independentemente disso, o coordenador técnico não deseja ser efetivado na função de treinador, e a diretoria também não aceita que ele fique tão exposto. Deste forma, números à parte, existe pressa na contratação do substituto de Emerson Leão.
Fonte: Gazeta Esportiva
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