Atual campeã, a Espanha está na final da Eurocopa 2012. Depois de sofrer durante 120 minutos para furar o bloqueio adversário na Donbass Arena, em Donetsk, o time de Vicente Del Bosque bateu Portugal nos pênaltis e irá tentar o bicampeonato diante de Alemanha ou Itália, que se enfrentam nesta quinta-feira em Varsóvia.
Xabi Alonso começou cobrando e parou em Rui Patrício. Mas João Moutinho parou em Casillas e Bruno Alves na trave. Coube a Fabregas converter o pênalti que selou a classificação espanhola. Cristiano Ronaldo, encarregado da última cobrança, nem precisou bater e deixou o estádio falando: “Injustiça, injustiça!”
A Fúria agora terá a oportunidade de igualar o feito da França, que em 2000, dois anos após vencer a Copa do Mundo, levantou o caneco da Eurocopa. Já Portugal não pôde igualar aquilo que fez há oito anos, quando, sob o comando de Luiz Felipe Scolari, chegou à sua primeira final de Eurocopa. Na ocasião, o país sediava a competição, mas acabou vendo a Grécia campeã.
O jogo – O técnico Paulo Bento prometeu e cumpriu. Desde que soube que a Espanha seria sua adversária na semifinal da Eurocopa, o comandante avisou que não jogaria recuado como a maioria faz para tentar parar o poderoso ataque espanhol. Nesta quarta-feira, na Donbass Arena, Portugal repetiu a escalação que tem apostado desde o início e, mais do que isso, se impôs em campo.
Acostumada a incansáveis trocas de passe, a seleção de Vicente Del Bosque até fez isso – e ouviu vaias das arquibancadas –, mas não conseguiu exercer um amplo domínio. Durante o primeiro tempo, teve apenas 10% a mais de posse de bola que o adversário. Atacou pouco e quando atacou foi mal.
A dificuldade em o setor ofensivo espanhol produzir fez o treinador apostar em Negredo para o lugar de Fabregas. O atacante do Sevilla, contudo, também não correspondeu, assim como David Silva. Nas duas oportunidades que teve, ele preferiu o passe para Iniesta a chutar para o gol e acabou errando em ambas. O meia do Barcelona, aliás, era o jogador mais perigoso da Fúria. Aos 28 minutos, ele recebeu de Xavi e arriscou de primeira, mandando com muito perigo para a meta de Rui Patrício.
Pelo lado português, não poderia ser diferente, Cristiano Ronaldo participava das principais ações de jogo. Ele começou aberto pela esquerda, de onde foi até a linha de fundo e cruzou na medida para Nani. Mas Casillas se antecipou para fazer a defesa. Depois, já pela direita, ele chutou rasteiro e mandou rente à trave do goleiro do Real Madrid. Quando tentou de falta – uma de suas principais armas -, foi pouco eficiente e acertou a barreira.
A Espanha até voltou com a mesma formação para o segundo tempo, mas não demorou nem dez minutos para Vicente Del Bosque trocar Negredo por Fabregas. Pouco depois, o treinador ainda tirou o apagado David Silva para promover a entrada de Jesús Navas. Pouco adiantou.
Portugal, por sua vez, diminuiu o ritmo e também passou a incomodar menos. Cristiano Ronaldo acionava Hugo Almeida, que tentou três vezes, mas mandou todas para fora. O próprio atacante do Real Madrid tentou de falta, que desta vez passou rente ao gol de Casillas. O astro ganhou novo companheiro de ataque quando Paulo Bento colocou Nelson Oliveira entrou. Mas, a exemplo de como foi com a Espanha, a mudança pouco adiantou.
Sem brilho, as equipes pouco produziram e o duelo foi para a prorrogação, e então foi a Espanha quem esteve perto de marcar. Após um belo lance de Pedro – que entrou no final do jogo no lugar de Xavi -, Jordi recebeu e cruzou rasteiro para a área. A bola passou por todo mundo, mas nenhum espanhol mandou para a rede. Sergio Ramos, de falta, também quase abriu o placar. Nos pênaltis, Rui Patrício defendeu tiro de Xabi Alonso e Casillas parou João Moutinho. Mas Portugal foi eliminado quando o zagueiro Bruno Alves acertou a trave.
Fonte: Gazeta Esportiva
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