Para muitos o maior jogador da história depois de Pelé, Arthur Antunes Coimbra, mais conhecido como Zico, completa 60 anos neste domingo com muita festa, incluindo até a inauguração de uma estátua na Gávea, ocorrida no sábado. O ídolo fica eternizado na sede do clube ao qual mais deu alegrias e continua a provar do carinho de torcedores de todo mundo, arrebatados pelo seu bom futebol e encantados por seus gols.
O grande nome do Flamengo, que conquistou tudo o que disputou nos anos 1980, ainda é lembrado com saudades pelos fãs rubro-negros, que nunca mais viram outra equipe tão vencedora e, especialmente, tão brilhante como aquele que levou o time a ser o mais popular do Brasil.
Além do Flamengo, equipe na qual atuou por 18 anos, Zico também foi ídolo na Itália, onde escolheu a pequena Udinese, e no Japão, onde foi chamado de “deus do futebol” pela torcida do Kashima Antlers, sendo um dos responsáveis por popularizar o esporte bretão no país dos samurais.
Como treinador, angariou mais apreciadores de seu trabalho, desempenhando grande papel principalmente na Turquia, onde treinou o Fenerbahçe e venceu o campeonato nacional, além de levar o time às quartas de final da Liga dos Campeões – melhor campanha de um time turco em um dos maiores torneio no planeta.
Caçula de seis filhos, Zico nasceu no subúrbio de Quintino Bocaiúva, na zona norte do Rio de Janeiro. Aliado ao nome do local de seu nascimento, o físico franzino originou o apelido Galo de Quintino e também impossibilitou Zico de ser titular do Rubro-negro nos primeiros anos de sua carreira.
Depois de sua estreia como profissional, em 1971, foram três anos para assumir a titularidade e a camisa 10 do Flamengo. No mesmo ano, no entanto, viu o grande rival Vasco levantar o título brasileiro e, nos dois seguintes, o Fluminense ficar com o Carioca.
Foi apenas em 1978 que Zico e Flamengo ingressaram no período áureo da história do time da Gávea. Em 1978 e 1979, veio o bicampeonato carioca e ainda a conquista de uma edição especial do Estadual em 1979. Em 1980, o sonhado Brasileiro. No ano seguinte, a América se rendia ao futebol de Zico e mais tarde, o mundo, após a vitória do Rubro-negro sobre o Liverpool na Taça Intercontinental. Em 1982 e 1983, novamente o Brasil era conquistado pelo Galinho, que estava de saída.
O sucesso no clube obviamente fez Zico ser chamado pela Seleção Brasileira, e o craque foi parte da lendária equipe de 1982, eliminada nas quartas de final da Copa do Mundo da Espanha pela Itália de Paolo Rossi. Esta talvez tenha sido a grande decepção de sua carreira, sendo que ele também chegou perto do título nas copas de 1978 e 1986 – neste ano, perdeu pênalti no jogo em que o País caiu diante da França.
Foram 52 gols com a Amarelinha, 54 pelo Kashima Antlers, 56 pela Udinese, mais de 500 pelo Flamengo, números que são insuficientes para conhecer o maior jogador da história do clube e um dos maiores do mundo, que recebe neste final de semana homenagens, no mínimo, justas por tudo que representou para o esporte.
Fonte: Gazeta Esportiva
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