As autoridades que investigam médicos em Curitiba por suspeita de provocarem a morte de pacientes apuram se as vítimas morreram pela combinação do uso de anestésicos com a diminuição da quantidade de oxigênio nos respiradores artificiais. As denúncias que levaram à prisão de quatro médicos do Hospital Universitário Evangélico afirmam que eles davam aos pacientes o medicamento Pavulon, utilizado para relaxar os músculos e entubar em caso de obstrução da respiração, segundo o jornal Folha de S. Paulo. O anestésico, que paralisa os músculos, pode levar a uma parada respiratória se houver baixa ventilação dos pulmões.
Os advogados dos médicos presos negam as acusações e dizem que a Polícia Civil não tem provas da materialidade do crime. Um deles, Elias Mattar Assad, que representa Virgínia Soares de Souza, chefe da UTI, e outros dois profissionais presos, afirma que os medicamentos, para serem utilizados, precisam da prescrição de um médico, são controlados pela farmácia da instituição e registrados em prontuário. O diretor técnico do hospital, Luiz Felipe Natel Mendes, disse que o relaxante muscular Pavulon é pouco utilizado nos dias de hoje. Até agora, cinco pessoas foram presas por suspeita de envolvimento com o caso – além dos quatro médicos, uma enfermeira respondeu a um mandado de prisão emitido na sexta-feira e se apresentou à Justiça na segunda.
Fonte: Terra
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