Força Jovem Goiás, Dragões Atleticanos e Esquadrão Vilanovense estão proibidas de agirem dentro ou fora do estádio. Torcidas organizadas de outros Estados também foram vetadas.
Após o promotor Goiamilton Antônio Machado entrar com uma ação cívil na última quinta-feira (14), saiu nesta terça-feira (19) a concessão da liminar que proíbe a atividade das torcidas organizadas no Estado de Goiás. O juiz Eduardo Tavares dos Reis, da 14ª Vara Cível e Ambiental de Goiânia, concedeu a liminar que impede a Força Jovem Goiás, Esquadrão Vilanovense e Dragões Atleticanos de agirem por tempo indeterminado, até que a ação de suspensão por cinco anos seja julgada.
Diante da decisão, os membros das respectivas torcidas ficarão impedidos de usar vestimentas, faixas, cartazes, bandeiras, instrumentos musicais ou qualquer meio que possa identificá-los em estádios de futebol ou encontros. Além disso, está proibido também a combinação de cores, adereços ou artifícios que remetam à torcida, sob pena de impedimento da entrada no estádio e perda do material apreendido.
Mais do que isso, a atividade de outras torcidas também está vetada no Estado. A liminar abrange a proibição à qualquer ação de torcida organizada vinculada a clubes de outros Estados nos dias de jogos de competição nacional, assim como o acesso de torcedor ao Estádio Serra Dourada com bandeiras, roupas ou instrumentos musicais. Em caso de descumprimento, o juiz estabeleceu multa diária de R$ 1 mil.
O juiz Eduardo Tavares ordenou que se oficie as polícias Militar, Civil, a Guarda Municipal, a Federação Goiana de Futebol, a Agência Goiana de Esporte e Lazer (Agel) para que façam valer a ordem judicial. As instituições de futebol terão dez dias para comunicar as federações e agências de esporte dos demais Estados.
A ação do magistrado foi baseada no índice de violência que tem sido registrado nos últimos encontros entre essas equipes da capital, e relacionou ao que aconteceu no ano passado, quando essas organizações foram proibidas por 120 dias e o índice despencou. Entretanto, assim que a proibição foi encerrada, quatro torcedores – um do Goiás e três do Vila Nova – foram mortos em 25 de agosto. E, no último dia 2 de fevereiro, dois deles foram baleados e um terceiro espancado nas imediações do Serra Dourada.
“Fica, em meu entendimento, comprovado que a suspensão das atividades das torcidas organizadas foi realmente benéfica à coletividade, houve redução dos crimes, dando maior relevo ao argumento do Ministério Público e da Polícia Militar que a limitação das atividades reduz a violência”, explicou o juiz.
Fonte: Portal 730
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