A 46ª edição da tradicional prova Sargento Gonzaguinha foi realizada na manhã deste domingo, em São Paulo. Os representantes de países africanos venceram tanto no masculino quanto no feminino, deixando os donos da casa apenas na segunda colocação do pódio depois do percurso de 15 quilômetros.
A prova masculina foi bastante disputada entre os atletas de elite, porém o brasileiro Rafael Santos de Novais não conseguiu impedir o triunfo do etíope Belete Assefa na parte final dacorrida. Em um pódio dominado por africanos, Abubaka Hussen, da Tanzânia, completou o grupo dos três primeiros colocados.
Rafael não teve um bom começo de prova, mas conseguiu uma boa recuperação na parte final e chegou a liderar com 12 quilômetros percorridos. “No começo eu me senti meio preso, fazendo muita força. Dos cinco quilômetros em diante, eu comecei a acelerar mais. Faltando pouco para o final da disputa, nos últimos 800 metros, o africano conseguiu abrir um pouco”, contou o brasileiro, que se sentiu frustrado com a segunda posição. “Eu tenho muita ambição de ganhar, então não fico muito satisfeito com o resultado”.
Entre as mulheres, a representante do Quênia, Ednah Mukhwana, conseguiu estabelecer um ritmo forte a partir da metade da prova e deixou a brasileira Sirlene Sousa de Pinho para trás. As duas foram as protagonistas da corrida feminina, que também contou com a brasileira Valdilene dos Santos Silva na terceira posição do pódio.
“Meu começo foi bom, tentei acompanhar o pessoal na frente, mas acabei sentindo no quilômetro 12. Parece que o tempo está bom, mas na verdade está muito abafado”, analisou Sirlene, que aprovou sua participação na prova. “Fiquei feliz com o resultado, a segunda colocação foi muito boa”, vibrou.
Já a outra representante verde-amarela no pódio, Valdilene, teve sua performance prejudica, pois não estava em totais condições de saúde. “Eu estou resfriada, então acabei sofrendo bastante durante a prova. No início tentei acompanhar a Sirlene e a queniana, mas depois dos cinco quilômetros não deu mais”.
Além dos atletas de elite, a tradicional corrida Sargento Gonzaguinha reúne corredores amadores, que acordaram cedo e cheios de disposição para encarar os 15 quilômetros pelas ruas da Zona Norte de São Paulo.
Figura sempre presente da competição, Tomico Mori Sato, de 86 anos, optou por percorrer a prova mais curta, de três quilômetros. Com quase 20 anos de dedicação as corridas, ela acumula medalhas e esbanja saúde. “Eu comecei a correr com 67 anos, quando me aposentei. Na época eu queria fazer alguma coisa, pensei em dança ou canto, mas meu filho e minha nora começaram a correr e eu fui junto”, comenta Tomico, que faz um treinamento de uma hora diária de corrida.
As atenções na corrida foram divididas para os torcedores do Corinthians, mas eles não deixaram de comparecer a competição. “A cabeça está 100% no Corinthians e o corpo está na corrida”, brinca Cezar de Melo, que utilizou o uniforme do Timão para participar da prova. “Eu quase não venho para assistir ojogo, mas tem que cuidar da saúde do corpo também”, completa o torcedor, confiante na vitória no Mundial de Clubes.
*Colaboração Bruno Ceccon
Confira os três primeiros colocados em cada categoria:
Masculino
Belete Assefa ETI 45min39
Rafael Santos de Novais BRA 45min45
Abubaka Hussen TAN 46min00
Feminino
Ednah Mukhwana QUE 55min03
Sirlene Sousa de Pinho BRA 56min12
Valdilene dos Santos Silva BRA 57min05
Fonte: Gazeta Esportiva
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