O novo secretário da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, ex-procurador-geral de Justiça que assumiu a pasta em 22 de novembro, reconheceu que São Paulo vive, sim, uma crise de segurança. Diferentemente de seu antecessor, Antonio Ferreira Pinto, e até do próprio governador Geraldo Alckmin (PSDB), que tentou minimizar o papel da facção criminosa na alta da violência, Grella afirmou que o PCC não é uma lenda, mas que existem outras facções. “Não, não é lenda. O PCC existe. Mas Nós não temos, evidentemente, um plano só para o PCC. Não existe só essa facção. Seria um erro ter uma política de segurança que focasse apenas numa sigla ou numa facção. Sabemos que há várias facções, vários grupos, vários tipos de crime organizado que não têm sigla e que são tão nocivos quanto o PCC. Não dá para calcar uma política de segurança fundada apenas no PCC”, afirmou ele, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo.
Onda de violência
Desde o início do ano, 100 policiais foram assassinados no Estado. Desse total, 21 eram aposentados e três estavam em serviço. Além disso, o Estado continua a enfrentar um grande índice de violência. Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública, só na capital foram registrados 1.135 casos de homicídios dolosos entre janeiro e outubro, mais do que todo o ano de 2011. O mês de outubro foi o mais violento dos dois últimos anos na cidade, com 176 mortos. Em todo o Estado, foram 4.007 casos registrados desde janeiro.
Fonte: Terra
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