O título do Mundial de Clubes de vôlei feminino conquistado pelo Sollys/Nestlé na última semana foi inédito não só para o clube, mas também para as jogadoras brasileiras. A equipe é a base da Seleção bicampeã olímpica, mas nenhuma atleta tinha no currículo o título de um Campeonato Mundial adulto nem mesmo com o vitorioso time nacional.
Apesar de ter conquistado as última duas edições dos Jogos Olímpicos, em Pequim-2008 e Londres-2012, a Seleção feminina nunca venceu o Campeonato Mundial. Em 2006 e 2010, o time chegou à final, contando com diversas jogadoras do Sollys no grupo, mas acabou derrotado pela Rússia.
“Era o único título que a gente não tinha, eu não tinha, estava faltando no meu currículo. Então é muito bom quando você consegue alcançar um objetivo tão difícil como este”, afirmou a central Thaísa, eleita melhor atacante do Mundial de Clubes disputado em Doha.
A meio de rede e outras quatro jogadoras do Sollys foram campeãs olímpicas em Londres-2012: Sheilla, Fernanda Garay, Jaqueline e Adenízia.
Com as medalhistas de ouro nas Olimpíadas, além da líbero Camila Brait e a levantadora Fabíola em seu time titular, o Sollys dominou o Mundial de Doha e garantiu o título de forma invicta. Foram quatro partidas disputadas e quatro vitórias, com apenas um set perdido.
Na primeira fase, o time passou pelo Bohai Bank, da China, por 3 a 0, e pelo Rabita Baku, que defendia o título, por 3 a 1. Na semifinal, atropelou o Lancheras de Cataño, de Porto Rico, e se classificou à decisão em que reencontrou o Rabita Baku e venceu por 3 sets a 0.
“Eu e as meninas já buscávamos esse título do Mundial com a Seleção, nos dois últimos a gente foi vice, e agora foi muito legal ganhar, ser campeã mundial”, disse a oposto Sheilla, reforço do Sollys para a temporada e MVP da competição disputada no Catar. “A gente chegou das Olimpíadas com esse objetivo, tinha o Campeonato Paulista e acho que a gente conseguiu jogar e se preparar para o Mundial”.
Já a ponteira Jaqueline, capitã da equipe paulista, relembrou as outras participações do time brasileiro na competição por clubes. Em 2010, ela estava em quadra quando o Sollys foi derrotado na final pelo Fenerbahce, da Turquia. Na temporada passada, ela estava com a Seleção Brasileira que se preparava para os Jogos Pan-americanos de Guadalajara, e viu o jovem time ficar com a terceira colocação.
“Foi especial porque a gente almejava muito esse título, foi o terceiro ano que a gente participou do Mundial e agora com o grupo inteiro conseguiu esse feito. Fico mais feliz pela equipe do Sollys, nosso papel foi cumprido”, garantiu a atleta, eleita melhor passadora do Mundial.
Fonte: Gazeta Esportiva
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