O campeão da segunda edição do Superclássico das América não foi conhecido na noite desta quarta-feira, conforme se esperava. Um problema no sistema de iluminação do EstádioBicentenário, em Resistencia, impediu a realização da partida entre Argentina e Brasil. No jogo de ida, o time de Mano Menezes havia vencido por 2 a 1 em Goiânia.
Diretor de Seleções da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Andrés Sanchez lamentou o ocorrido. “Tudo o que envolve política no futebol dá nesses problemas. Com certeza, trazer a partida para cá foi jogo político. É o preço que se paga por isso. Foi uma falta de respeito com as telecomunicações e com os torcedores”, esbravejou o ex-presidente do Corinthians. A iniciativa de levar o confronto para o interior da Argentina partiu do governo do país vizinho, com a sua campanha “Futebol para Todos”.
Ainda não foi definido se haverá uma nova data para Argentina e Brasil se enfrentarem pela decisão do Superclássico das Américas. Em tom de brincadeira, o técnico Mano Menezes disse que a sua Seleção deveria ficar com o troféu por ter ganhado o primeiro jogo. “Pela lógica, somos os campeões”, concordou Andrés Sanchez, já rindo. “Mas vamos nos reunir na próxima semana para ver o que fazer.”
O dirigente só não admitiu a possibilidade de realizar o clássico na quinta-feira. “É impossível. Teremos rodada do Campeonato Brasileiro já no sábado, por causa das eleições, e seria injusto com os clubes”, justificou Sanchez. “Mas os jogadores já estavam preparados para a partida e ficaram tristes”, acrescentou.
De fato, os atletas das duas equipes chegaram subir no campo, realizar aquecimento e escutar seus hinos nacionais. O cantor local Alejandro Junior foi incumbido de aprender um pouco de português e cantou a música brasileira.
Quando tudo estava pronto para o jogo começar, o árbitro chileno Enrique Ossés anunciou que a iluminação precária impedia a realização do Superclássico. O zagueiro Sebá, ex-Corinthians, chegou a pedir para atuar mesmo sem tanta luz, porém os goleiros Ustari e Jefferson foram contrários à ideia. O defensor, então, aproveitou a indefinição para ir ao banheiro.
Às 22h40 (de Brasília), quando o primeiro tempo deveria estar no final, os dois times se recolheram inteiramente e foram para os vestiários sob vaias do público presente. O árbitro ainda aguardou até 23 horas antes de optar pelo cancelamento da partida.
Fonte: Placar
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