Meia rechaça ideia de que o Chelsea joga defensivamente, explorando apenas os contra-ataques
O Chelsea já tem a sua manancial de informações sobre o Corinthians, hipotético rival na final do Mundial de Clubes, que acontece em dezembro, no Japão: é Oscar, recém-chegado ao Stamford Bridge e um dos poucos do elenco dos Blues que conhece o atual campeão da Libertadores.
Em entrevista à PLACAR, Oscar evita previsões mais aproximadas de um provável encontro em Yokohama, mas não deixa de elogiar o time comandado por Tite.
O meia fala também sobre os primeiros dias de Chelsea, a paciência para ganhar espaço com Di Matteo, o contato com Lampard, ícone da equipe londrina, e a afirmação com a camisa 10 da seleção brasileira depois do ciclo olímpico.
Como avalia a sua participação nesses dois primeiros jogos pelo Chelsea?
Foi muito bom. Não tive muito contato com os meus companheiros de equipe, já que estava na seleção. Contra o Wigan, quase fiz um gol. No segundo jogo (contra o Reading), estávamos perdendo e eu ajudei a equipe a virar o jogo (os Blues fizeram 4 x 2 após estarem perdendo por 2 x 1). (O estilo de jogo) é bem diferente do que no Brasil. Aqui é mais rápido. Tenho facilidade em aprender as coisas. Vou me adaptar rapidamente. Para o começo, está bom.
O Di Matteo, técnico do Chelsea, afirmou que você precisa de tempo para se adaptar ao futebol inglês. Você acha que precisa de quanto tempo para se firmar de vez?
Não vou levar muito tempo. Daqui a pouco começo a jogar mais. Já estou tendo uma frequência boa, joguei quase todo o segundo tempo nas duas partidas. Com dois jogos como titular já me adapto, ganho confiança. Tem que ir com calma.
O Chelsea apostou em jovens valores para reforçar e rejuvenescer o seu meio de campo. Como vê a disputa com os também recém-chegados Marko Marin e Hazard?
Vai ser uma briga boa. Não tem como vir para cá e dizer que não terá disputa por posição. Sei da capacidade dos jogadores que chegaram, mas vou buscar meu espaço.
O que você já sabia sobre o futebol inglês e o Chelsea antes de desembarcar em Londres?
Sempre assisti o Campeonato Inglês pela TV. É o melhor campeonato que existe. E agora estou muito feliz em poder disputá-lo. Sobre o Chelsea, sei o básico. É um clube que cresceu rápido nos últimos anos e que é o atual campeão europeu. Espero ter muits anos aqui.
Já ouviu algum conselho do Lampard ou do Terry, considerados os líderes do Chelsea?
O Lampard tem me ajudado muito. Sempre me aponta em campo qual é a melhor jogada, onde devo me posicionar. Mas é só no gesto mesmo. Para conversar está meio complicado, até porque o meu inglês não permite (risos). Mas vou estudar para a conversação ficar mais natural.
Contra o Reading, você atuou um pouco mais atrás que o convencional. Se sente bem jogando como volante?
Posso jogar nas duas. Contra o Reading, eu entrei na ponta esquerda, depois joguei na armação e, por último, como volante. O Di Matteo sabe que eu sou versátil. Estou disponível para jogar na posição em que ele achar melhor.
O Chelsea pode encarar o Corinthians na final do Mundial de Clubes. Em que aspecto você pode colaborar para apresentar o time paulista aos seus companheiros de Chelsea?
Vou poder dar informações sobre o Corinthians, falar sobre os jogadores. Estamos cientes do que podemos encontrar. Teremos vídeos sobre (o Corinthians). O Corinthians é um time forte na parte tática, na marcação. Manteve a base (de 2011) e assim ganhou títulos.
Muito se falou no Brasil que Chelsea e Corinthians se pareciam taticamente, muito pelo estilo de marcar forte e sair no contra-ataque. Concorda com esse argumento?
Desde que cheguei ao Chelsea vejo um time muito bem preparado, forte tecnicamente. No jogo contra o Reading, por exemplo, estávamos perdendo e o Di Matteo me colocou para fazer dupla de volante com o Lampard. Tínhamos muitos jogadores de frente. Nosso time sabe atacar, ir para cima do adversário.
Falando sobre seleção brasileira, você acha que fincou bandeira com a camisa 10 após os Jogos de Londres?
Estou conquistando o meu espaço aos poucos. Espero jogar como vinha jogando nas Olimpíadas. Jogar bem no Chelsea vai dar ainda mais moral para eu poder me consolidar na seleção.
Quem são os seus concorrentes na disputa por essa vaga no meio?
Estamos em uma nova fase. Com certeza teremos outros novos camisas 10 até a Copa-2014. O Brasil sempre produziu jogadores de qualidade nessa posição. Mas acho que, agora, os mais próximos da seleção são Ronaldinho (Gaúcho), Kaká e Ganso.
Fonte: Placar
Deixe um comentário