MEC proíbe abertura de vagas em seis universidades e quatro institutos federais
Seis universidades e quatro institutos federais não poderão abrir novas vagas em 14 cursos no próximo ano. As graduações estão entre as 200 que foram mal avaliadas em 2008 e 2011 pelo Conceito Preliminar de Curso (CPC) e serão punidas pelo Ministério da Educação (MEC). A lista degraduações com conceito ruim no último ano foi divulgada nesta quarta-feira no Diário Oficial.
O CPC é calculado a partir das notas no Exame Nacional de Desempenho do Estudante (Enade), a infraestrutura do curso, a organização didático-pedagógica das graduações e a avaliação dos professores (número de mestres, doutores e o regime de trabalho deles). O indicador varia em escala de 1 a 5, sendo que 1 e 2 são considerados desempenho insatisfatório; 3, razoável; e 4 e 5, bom.
Consulte: o ranking de cursos superiores avaliados no Enade 2011
Os casos mais graves da rede federal são os dos cursos de matemática da Universidade Federal de Roraima (UFRR), engenharia industrial mecânica do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA) e biologia (licenciatura) do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA), que além de terem ficado com conceito 2 nas duas avaliações consecutivas, ainda pioraram de 2008 para 2011. Nestes casos, o vestibular será suspenso pelo MEC por pelo menos um ano e não há como reverter a punição antes disso.
Outras instituições federais que tiveram com cursos ruins pela segunda fez na avaliação são a Universidade Federal do Pará (UFPA), com engenharia mecânica, letras (licenciatura) e pedagogia; a Universidade Federal Fluminense (UFF), com ciências sociais (licenciatura) e arquitetura e urbanismo; a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), com engenharia cartográfica; a Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com ciências sociais (licenciatura); a Universidade Federal de Viçosa (UFV), com geografia (licenciatura); o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso, com tecnologia de alimentos; e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará, com física (licenciatura). No entanto, embora o conceito 2 no CPC dessas graduações seja reincidente, houve uma pequena melhora e elas terão a chance de reverter a suspensão se todas as deficiências forem sanadas antes de um ano.
Evolução: Cursos das instituições privadas melhoram mais que públicas em avaliação
Também terão que se submeter a medidas cautelares porque tiveram cursos que receberam conceitos ruins pela primeira vez em 2011 as seguintes federais: Universidade de Brasília (UnB), Federal da Bahia (UFBA), de Alagoas (UFAL), de Goiás (UFG), do Mato Grosso (UFMT), do Mato Grosso do Sul (UFMS), de Ouro Preto (UFOP), de Pernambuco (UFPE), de Roraima (UFRR), de Santa Catarina (UFSC), de Sergipe (UFS), de Uberlândia (UFU), de Viçosa (UFV), do Acre (UFAC), do Amapá (Unifap), do Amazonas (UFAM), do Ceará (UFC), do Espírito Santo (UFES), do Maranhão (UFMA), do Pará (UFPA), do Paraná (UFPR), do Piauí (UFPI), do Recôncavo da Bahia (UFRB), do Rio de Janeiro (UFRJ), do Rio Grande do Sul (UFRGS), Fluminense (UFF), Rural de Pernambuco (UFRPE) e Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).
Contestação
A UFF, que teve os cursos de ciências sociais e arquitetura punidos com suspensão de vestibular e outros nove com supervisão do MEC, informou em nota que vai apresentar recurso à Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior para reverter a decisão que a impede de abrir novas vagas. A universidade não concorda com o peso dado ao Enade (79%) no conceito, porque muitos alunos boicotam o exame. “Avaliar um curso é uma tarefa mais ampla e complexa, não devendo ser feita a partir de um exame de desempenho de estudantes”, diz a nota assinada pelo pró-reitor de graduação, Renato Crespo Pereira.
Fonte: Ig
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