Uso de peças de carros batidos será permitido a partir de 2013, reduzindo custos das seguradoras
O setor de seguros está acertando os detalhes para a criação de um seguro mais em conta para veículos fabricados há mais de cinco anos, que representam uma frota aproximada de 15 milhões. Deste total, segundo dados da CNseg (confederação das empresas de seguros), apenas três milhões de carros têm seguros.
Para 2013, o setor aguarda a regulamentação da lei que cria o desmanche legal. Será permitada no país a criação de empresas especializadas na desmontagem de carros batidos para identificação, registro e comercialização de peças em condições de uso. Hoje, por lei, o setor de seguros só pode usar peças novas em todos os reparos. As peças usadas e certificadas custariam 75% menos. “Com isso, as seguradoras podem trabalhar com produtos com valor equivalente a 30% do que é cobrado hoje. Além disso, reduziriam os roubos e também os acidentes, pois o custo de manutenção para os motoristas iria diminuir”, disse Neival Rodrigues Freitas, diretor executivo da CNseg.
O preço de um seguro de carro antigo que hoje é de R$ 1,1 mil pode cair para R$ 733,34 com a mudança. A criação de um modelo de seguro popular para carros com mais de cinco anos de uso é ideal para a nova classe C, pois representa uma garantia de proteção para o patrimônio recém-adquirido. “A criação do seguro popular pode representar a inclusão de até 4,5 milhões de carros”, disse Neival.
A previsão de arrecadação do setor de seguros é de R$ 255,7 bilhões para 2012. Em 2009, por exemplo, foi de R$ 161,2 bilhões. “Com os avanços na legislação previstos para 2013, vamos manter o bom desempenho dos últimos anos”, afirmou Jorge Hilário Gouvêa Vieira, presidente da CNseg.
Fonte: Dia a Dia
Deixe um comentário