O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, viajou na madrugada desta segunda-feira a Havana, em Cuba, onde passará pela terceira cirurgia em um ano e meio para tentar retirar células de um tumor maligno que reapareceu na região pélvica.
A viagem foi realizada após nova autorização da Assembleia Nacional para que o mandatário se ausente do país por mais de cinco dias, concedida no domingo. No sábado (8), ele qualificou como “imprescindível” a nova intervenção cirúrgica.
Menino fantasiado de Chávez em vigília a favor do presidente da Venezuela; ele viajou a Cuba para cirurgia.
O presidente saiu de Caracas por volta da 1h30 (3h57 em Brasília) do aeroporto de Caracas. A previsão é que ele fique por um número indeterminado de dias na capital cubana para tratamento.
No sábado (8), ele anunciou que deveria fazer a nova cirurgia, após novas células cancerosas serem detectadas em novos exames, realizados na semana passada antes que ele voltasse ao país.
O regresso a Caracas foi a contragosto dos médicos, que queriam fazer a cirurgia imediatamente, mas Chávez argumentou que precisava fazer um novo pedido aos parlamentares para sair do país. “Decidi fazer um esforço adicional, na verdade, porque a dor não é significante”.
Esta é a terceira cirurgia pela qual o presidente passa desde junho de 2011, quando descobriu o tumor. No início deste ano, ele ficou mais tempo em tratamento em Cuba que na própria Venezuela, para fazer uma cirurgia em fevereiro e uma série de radioterapias e quimioterapias.
SUCESSOR
Os rumores da piora do estado de saúde de Chávez aumentaram após ele anunciar que o ex-chanceler e atual vice-presidente, Nicolás Maduro, seria seu candidato em uma eleição presidencial em que ele não estivesse. Esta é a primeira vez em 14 anos em que o mandatário apontou um sucessor.
“Ele é um completo revolucionário, um homem de grande experiência, apesar da juventude, com uma grande dedicação e capacidade para trabalhar. Em um cenário em que sejamos obrigados a fazer uma nova eleição presidencial, vocês devem escolher Nicolás Maduro”.
O temor é que, após a cirurgia, o presidente morra ou fique impossibilitado de dirigir o país, o que faria com que Maduro completasse este mandato, que dura até 10 de janeiro.
Se essas possibilidades acontecerem após o início do novo mandato de Chávez, quem assume o país é o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, que será o responsável por convocar novas eleições nos 30 dias subsequentes.
Maduro, 50, é um ex-motorista de ônibus e líder sindicalista venezuelano, que se aproximou do mandatário no início do governo. Um dos aliados mais próximos do presidente, é muito popular entre os venezuelanos por causa de sua simpatia.
Fonte: Folha
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