Michael Bisping está completamente à vontadeem São Paulo, local de sua luta contra Vitor Belfot na edição do Ultimate Fighting Championship (UFC) de 19 de janeiro de 2013. Ele se divertiu bastante durante um encontro com a imprensa, realizado nesta quarta-feira, que serviu para divulgar o evento. Enquanto o brasileiro discursava seriamente contra obullying e em prol da família em um hotel da capital paulista, o britânico fazia bem-humoradas provocações ao rival em uma sala ao lado.
Inicialmente, Bisping não se negou a dar gargalhadas para repetir que pretende nocautear Belfort de forma humilhante no octógono. Com o cuidado de se diferenciar do norte-americano Chael Sonnen – famoso por afrontar de forma sistemática os lutadores de MMA (artes marciais mistas) brasileiros. “É diferente do que Chael faz. Tenho muito respeito pelos meus adversários. Mas, não sei se vocês sabem, nós vamos lutar. É claro que quero transformar o Vitor em um saco de pancadas”, atacou.
O britânico avisou que já sabe até como concretizar o seu plano. “Tenho uma estratégia bem definida, mas não vou dizer. Engraçado, não?”, comentou Bisping, de 33 anos, antes de revelar que conta com um acentuado desgaste físico de Belfort (35 anos). “Percebi isso nas lutas dele. Ele começa com bastante intensidade e não consegue manter o ritmo depois. Isso é normal em caras com muita massa muscular”, observou.
Quando soube da declaração de Michael Bisping, Belfort interrompeu o discurso politicamente correto que fazia no mesmo evento para se mostrar “faminto” para mostrar o contrário no UFC São Paulo. “Amigo… Mande ele se preparar, brother”, disse o carioca. “Quero ver passar do primeiro round. Deixem ele achar que não aguento o tempo todo. Que bom que ele pensa assim. Não sabe a fome que está me dando”, avisou, em uma das poucas vezes em que falou especificamente sobre a luta – e não sobre as suas filosofias de vida.
Michael Bisping está acostumado às comuns trocas de provocações do UFC. Nem mesmo o fato de lutar como visitante em São Paulo incomoda o inglês, que construiu carreira nos Estados Unidos e já foi bastante hostilizado pelo público norte-americano. “A torcida obviamente será contra mim no Brasil. É óbvio que todos torcerão pelo cara deles, o Vitor. O meu trabalho é fazer uma grande luta e deixá-los desapontados”, sorriu, comparando os expectadores brasileiros de MMA a torcedores de futebol. “São loucos, e gosto disso.”
Apesar de estar incumbido de decepcionar a torcida de Belfort, Bisping não quer transmitir uma má impressão. O inglês sabe como se apresentar como bonachão. Na primeira visita ao Brasil, por exemplo, ele se distrai com perguntas sobre um possível encontro entre Corinthians e Chelsea (o lutador torce pelo Manchester United) no Mundial de Clubes de futebol, elogia a beleza das mulheres locais (mesmo com receio de “apanhar da mulher), aprende palavrões e brinca com os repórteres que se aproximam. “Seus gravadores são presentes de Natal para mim?”, perguntou.
“Sou um cara emotivo, verdadeiro. Posso ser bom ou mau em algumas circunstâncias, mas sempre serei eu mesmo. Tudo o que falo é real. Isso faz de mim um cara mau? Não acho. Sempre trato com respeito meus adversários e procuro ser bom para a minha família”, definiu-se Michael Bisping, antes de fazer elogios a quem quer como “saco de pancadas”. “É claro que Vitor é um grande adversário. Não estaria no Brasil se não fosse assim. Ele é um cara muito legal, que respeito. Quando comecei a minha carreira, vi muitas de suas lutas. Terei um combate bem difícil.”
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