Os dribles e a genialidade de Falcão ainda lutam contra o tempo e terão outro grande desafio na 10ª edição da Copa do Mundo de Futsal, entre os dias 1º e 18 de novembro, na Tailândia. No torneio – o sétimo organizado pela Fifa – a Seleção Brasileira luta para manter, a partir desta quinta-feira, no confronto contra o Japão, às 12 horas (de Brasília), a hegemonia e a taça conquistadas há quatro anos no Maracanãzinho, mas terá pela frente mais uma vez a incômoda sombra da Espanha.
A Fúria é a atual líder do ranking de Futsal, à frente dos brasileiros, e conquistou duas edições consecutivas da Copa do Mundo: em 2000 e 2004. Na edição seguinte, a equipe europeia defendeu o título na final contra o Brasil, confronto decidido nos pênaltis em que o time comandado por Paulo César de Oliveira levou a melhor.
O Mundial de 2012 pode marcar a despedida do principal jogador da Seleção Brasileira: o ala Falcão, eleito três vezes o melhor jogador do mundo pela Fifa, que está próximo da aposentadoria. Aos 35 anos, o paulistano é a grande referência do País em quadra e acumula títulos com a camisa verde-amarela, entre eles a inédita e exclusiva medalha de ouro nos Jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro, cinco títulos da Copa América e seis do Grand Prix.
“Ele vai fazer falta nos dois sentidos. O que ele fez fora de quadra, enquanto estava aqui, foi muito importante, aliado ao que ele sempre fez dentro de quadra, que não se discute”, declarou PC de Oliveira, treinador da Seleção Brasileira campeã em 2008.
Falcão tornou-se incontestável para os fãs de futsal. Os dribles inovadores viraram mania entre os praticantes e, ao mesmo tempo, levaram muitos adversários ao sentimento de irritação, inclusive com polêmicas e acusações de humilhação. Mas o ídolo é alvo de grandes elogios entre aqueles que estiveram ao seu lado.
“Como dificilmente vai surgir um jogador com as características dele, o que a gente espera é que ele continue ajudando fora da quadra, que ele simplesmente não deixe o esporte órfão, que seja aquela pessoa presente o tempo todo”, emendou PC de Oliveira.
Cabeça de chave, a equipe brasileira integra o Grupo C da competição, em que enfrenta na primeira fase Japão (1º/11), Líbia (4/11) e Portugal (7/11). Os portugueses devem representar o confronto mais complicado para o Brasil na fase de grupos, já que o país possui tradição no esporte (quarto colocado em 1988 e terceiro em 2000) e conta com o ala Ricardinho, apontado por Falcão como a revelação da nova geração do futsal.
Fonte: Gazeta Esportiva
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