A palavra ‘mundial’ vem martelando a cabeça de todos os corintianos desde o dia 4 de julho de 2012, data em que o clube sagrou-se campeão da Libertadores pela primeira vez. Enquanto os alvinegros ainda têm cerca de dois meses até otorneio no Japão, as meninas do time laranja do Sollys/Nestlé embarcam para o Mundial de Clubes de vôlei, em Doha (Catar), torcendo para que o campeonato ‘pegue gosto’ assim como é no futebol.
“A cidade lá é maravilhosa, tudo nível A. Seria legal se a imprensa cobrisse mais”, declarou otécnico da equipe de Osasco, Luizomar de Moura, durante evento de lançamento da nova distribuidora de materiais do Sollys. Sobre o Mundial, o comandante só lamentou a localização e revelou que preferia viajar ao Japão nesta madrugada, assim como o Corinthians fará em dezembro. “Pelo menos tem público no Japão, que tem certa tradição no vôlei. Lá em Doha não vai ninguém, mas são eles que pagam a conta, né?”.
Criado em 1989, o Mundial de Clubes de vôlei a princípio só contava com times do masculino. Apenas em 1991, a categoria feminina foi lançada. Mas o campeonato só durou mais três anos, sendo interrompido por questões financeiras. Após o hiato, as mulheres voltaram a jogar a competição em 2010.
O Brasil soma dois títulos mundiais, sendo os dois no feminino e ambos quando a fórmula de disputa era outra: em 1991, o Sadia/São Paulo sagrou-se campeão e três anos depois o Leite Moça/Sorocaba subiu no lugar mais alto do pódio. Tetracampeão sul-americano, o Sollys vai para seu terceiro Mundial consecutivo.
“O legal é que com o Mundial, o Sul-americano passa a ser valorizado. Mas tinha que ter mais equipes. Fica um campeonato de tiro muito curto com apenas três equipes por grupo na primeira fase”, reclamou Luizomar. Já a queixa da bicampeã olímpica Sheilla foi outra: “O campeonato está melhorando, mas tinha que ter mais brasileiro para ficar mais difícil”, opinou.
Além do Sollys no feminino, o Brasil conta com o Sada Cruzeiro como representante no masculino. Apesar de destacar as dificuldades que ambos encontrarão em Doha, a ponteira Jaqueline acha que nenhum time de vôlei sofrerá tanta pressão como o Corinthians no Japão. “O Corinthians é quem tem a missão mais difícil, com certeza. Futebol é mais complicado. Se não passar, vai ter mais gente pegando no pé”, brincou a atleta.
“Para a gente é um campeonato muito importante e espero que possamos ganhar dessa vez. A gente quer sempre estar no pódio porque isso representa o voleibol do Brasil. Tomara que agora a gente seja prestigiada”, completou Jaqueline.
O Sollys/Nestlé estreia no Mundial no domingo, diante Bohai Bank, da China. Pela primeira fase, a equipe ainda enfrentará o Rabita Baku, do Azerbaijão. Pelo outro grupo, Kenya Prisons (Quênia), Lancheras de Catano (Porto Rico) e Fenerbahce (Turquia) jogam entre si.
Fonte: Gazeta Esportiva
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