O clássico entre Barcelona e Real Madrid disputado neste domingo, na Catalunha, provou mais uma vez a diferença que fazem Messi e Cristiano Ronaldo para seus respectivos. Com dois gols cada, eles definiram o empate por 2 a 2 na sétima rodada do Campeonato Espanhol.
O primeiro a marcar foi o atacante madridista, que viu o argentino igualar o placar ainda no primeiro tempo e, no retorno do intervalo, em perfeita cobrança de falta, colocar a equipe azul-grená em vantagem. Mas o português foi decisivo mais uma vez e marcou também o último gol do jogo.
A igualdade mantém o Barcelona na liderança, agora não mais com 100% de aproveitamento, mas imponentes 19 pontos. Já a equipe comandada pelo técnico José Mourinho, apesar da recente reação, chega apenas ao 11º ponto conquistado.
A próxima rodada da competição leva o Barcelona a enfrentar o Deportivo La Coruña fora de casa, no domingo. No mesmo dia, o Real volta a jogar no Santiago Bernabéu, onde receberá o Celta.
Não bastasse toda rivalidade entre as duas equipes, o clássico teve uma grande conotação política. Aos 17min14s das duas etapas, a torcida azul-grená soltou um grito único de pedido pela independência da Catalunha, levantando bandeiras nas cores amarela e vermelha.
O momento fez referência a 1714, ano em que a monarquia nacional derrotou tropas separatistas e incorporou definitivamente o estado. O Real é tratado como inimigo por, no passado, ter se aliado ao regime autoritário franquista, enquanto o Barcelona fazia oposição.
A onda separatista se faz ainda mais presente atualmente devido a grave crise econômica pela qual a Espanha atravessa. Nesse contexto, o poderoso time do Barcelona, hoje o principal símbolo da Catalunha, é tratado como importante instrumento ideológico para a região.
Alheios a isso, os jogadores dos dois times travaram um duelo na bola. O Real começou melhor a partida, adiantando a marcação, pressionando a saída de bola rival e tendo as melhores chances. A primeira saiu aos 18 minutos, em cabeceio de Sergio Ramos que saiu rente à trave esquerda.
O gol saiu quatro minutos mais tarde. Em jogada rápida, a bola chegou até Cristiano Ronaldo no bico esquerdo da área. De perna esquerda, ele bateu rasteiro de primeira e vazou a meta de Valdés. A vantagem poderia ter ficado maior logo depois, quando Benzema carimbou a trave.
O Barcelona vivia situação delicada e, aos 26 minutos, perdeu o lateral direito Daniel Alves, machucado, que deu lugar a Montoya. Só que, após bate-rebate em cruzamento vindo da direita, a defesa do Real não conseguiu afastar, a e bola sobrou para Messi tocar e empatar o marcador.
O oportunismo do melhor jogador do mundo igualou as ações da partida e, em determinados momentos, a equipe da casa até foi superior. Como aos 43 minutos, quando Iniesta invadiu a área em velocidade e tinha chance de virar o placar, mas adiantou demais a bola e foi desarmado.
O segundo tempo começou pegado como o final do primeiro, com muitas faltas e alguns cartões amarelos. E com o Barcelona mais ofensivo, a ponto de os visitantes terem os 11 jogadores atrás da linha do meio-campo em alguns momentos.
Aos 15 minutos, Messi cobrou falta da intermediária e colocou a bola com perfeição no canto esquerdo de Casillas: 2 a 1. O gol poderia ter definido o resultado, mas o Real, mesmo pior na partida, tinha Cristiano Ronaldo. O português foi acionado por trás da zaga e tocou na saída de Valdés, deixando o marcador em igualdade novamente.
O clássico, empolgante mais pelos destaques individuais do português e do argentino, seguiu aberto, mas nenhum dos dois times voltou a balançar a rede. Graças ao travessão da meta de Casillas, que foi carimbado em chute de Montoya na melhor chance antes do apito final.
Fonte: Gazeta Esportiva
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