O Brasil cumpriu na missão de abrir vantagem contra a Argentina no início da disputa da edição 2012 do Superclássico das Américas. Nesta quarta-feira, a Seleção marcou 2 a 1 no maior rival, no estádio Serra Dourada, em Goiânia, em uma noite que reservou novamente intensas críticas ao técnico Mano Menezes. Enquanto o placar era de 1 a 1, os torcedores goianos pediram, inclusive, a volta de Luiz Felipe Scolari, que saiu recentemente do Palmeiras e tem no currículo o título mundial de 2002.
Neymar definiu o triunfo no último lance, em cobrança de pênalti. Os outros gols da partida saíram ainda no primeiro tempo, em uma partida pouco empolgante. A curiosidade é que as duas equipes marcaram antes do intervalo com dois corintianos: Martínez abriu o placar para os visitantes, enquanto Paulinho igual ao time canarinho.
O confronto de volta do Superclássico das Américas será realizado no dia 3 de outubro, na cidade de Resistência (Argentina). O Brasil carrega a vantagem do empate para conquistar o segundo título seguido. Logo depois, o time canarinho ainda faz amistosos contra Iraque e Japão em território europeu.
O Jogo – O Superclássico das Américas começou com uma jogada plástica. No primeiro lance da partida, Lucas aplicou um lindo chapéu em Clemente Rodríguez, mas não conseguiu evoluir na jogada. De qualquer forma, a torcida brasileira se animou.
A Seleção tinha domínio total das ações, com ampla posse de bola. Enquanto isso, a Argentina apostava em forte marcação, com nove jogadores praticamente plantados no campo de defesa. Apenas o centroavante Barcos ficava um pouco mais à frente.
Mas a objetividade fez a diferença em favor da Argentina. No primeiro ataque, os visitantes alcançaram a abertura de placar. Aos 19 minutos, o corintiano Martínez começou a jogada no meio-campo e invadiu a área para completar com estilo o cruzamento da esquerda de Clemente Rodríguez. O goleiro Jefferson ficou totalmente parado na finalização do adversário.
A resposta brasileira veio rápida. Aos 25 minutos, Neymar cobrou falta na direita e encontrou Paulinho dentro da área. Livre, o volante desviou para as redes com o ombro esquerdo, em um lance que gerou reclamações dos argentinos por um possível impedimento. Foi o segundo gol corintiano na noite.
A partir daí, até o intervalo, o cenário ficou o mesmo dos instantes iniciais. O Brasil tinha a iniciativa do ataque e não conseguia superar a consistente defesa da Argentina. Portanto, o panorama ficou aberto para a etapa complementar.
O tempo de intervalo ficou, porém, longe de renovar a energia das equipes em campo. O Brasil exagerava em jogadas individuais com Lucas e Neymar, situação que facilitava a missão dos marcadores argentinos.
Ao ver a dificuldade brasileira em criar, Mano Menezes mudou o armador da Seleção: Thiago Neves ficou com a vaga de Jadson. No primeiro lance em campo, o meia do Fluminense criou um lance de perigo em um cruzamento da esquerda. O goleiro Ustari largou a bola que passou próxima do pé de Neymar.
Pouco depois, Mano Menezes trocou o centroavante, com Leandro Damião na vaga de Luis Fabiano. A última tentativa de Mano Menezes reservou a entrada de Wellington Nem no lugar de Lucas. A partir daí, a torcida perdeu a paciência e começou a pegar no pé, com gritos de “Adeus Mano” e “burro”.
Os protestos seguiram com os pedidos para a volta de Luiz Felipe Scolari ao comando da Seleção. No fim, os brasileiros buscaram o abafa derradeiro e alcançaram a virada aos 48 minutos do segundo tempo, com gol de Neymar, convertendo pênalti sobre Leandro Damião.
Fonte: Gazeta Esportiva
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