O clássico entre Santos e São Paulo não saiu do 0 a 0, na tarde deste domingo, na Vila Belmiro. Sem Neymar e Lucas, as principais estrelas de cada lado, o jogo teve muitos erros de passe e, nas poucas oportunidades, também de finalização. Nem a expulsão do são-paulino Denilson, aos 38 minutos do segundo tempo, mudou a partida.
A igualdade não é boa para nenhum dos dois. O Santos chega à quarta partida sem vitória, pula para 27 pontos e pode encerrar a rodada apenas quatro acima da zona de rebaixamento. Já o São Paulo não vence há três partidas, chega a 36 pontos e segue distante do grupo de classificação para a Copa Libertadores.
O time praiano foi para o jogo castigado por desfalques. Oito deles por lesão (além de Paulo Henrique Ganso, também Edu Dracena, Fucile, Henrique, Miralles, Paulo Henrique, Alison e Rafael Galhardo), dois a serviço da Seleção Brasileira (Neymar e Arouca), um por questões contratuais (Juan está emprestado pelo São Paulo) e outro por estar suspenso pelo terceiro cartão amarelo (Bruno Rodrigo).
Sem 12 jogadores à disposição, o técnico Muricy Ramalho retomou a zaga com dois beques e recheou o meio-campo com três volantes: Éwerton Páscoa, Adriano e Gerson Magrão. Um pouco mais avançado, Felipe Anderson seria o responsável por municiar a dupla de ataque formada por André e o argentino Patito Rodríguez.
O São Paulo lamentava duas ausências. As do meia-atacante Lucas, baixa mais uma vez por estar com o selecionado nacional, e do meia Maicon, suspenso. Ney Franco poderia fazer uma única mudança em relação à rodada passada, mas, além de colocar o volante Casemiro no lugar de Maicon, sacou Paulo Assunção para voltar a usar o esquema 3-5-2, com Paulo Miranda ao lado de Rafael Toloi e Rhodolfo.
O começo da partida, como definiria o goleiro são-paulino no intervalo, foi frio. O time visitante teve mais iniciativa nos primeiros minutos, mas permitiu que os donos da casa igualassem as ações rapidamente. Tanto que a primeira boa jogada foi santista. Gerson Magrão colocou a bola entre as pernas de Casemiro e, de fora da área, chutou por cima do gol de Rogério Ceni, aos 13 minutos.
Quatro minutos depois, Felipe Anderson tentou jogada individual à beira da área e foi tocado por Denilson. O árbitro entendeu que o meia santista havia simulado pênalti e o advertiu com cartão amarelo, para muita reclamação de Muricy Ramalho, que provavelmente também não estava satisfeito com o alto número de erros de passe no jogo.
O Santos também errou um posicionamento da defesa aos 31 minutos. A zaga tentou fazer uma linha de impedimento e deixou Rhodolfo em condição. O zagueiro atrasou de cabeça para Luis Fabiano pegar de primeira e exigir defesa de Rafael no centro do gol. Cinco minutos mais tarde, o atacante recebeu outro passe na pequena área e driblou o goleiro, mas ficou sem ângulo e chutou para fora.
“Um jogo um pouco frio”, analisou Ceni, na descida para o vestiário. Na visão do lateral esquerdo Léo, o primeiro tempo “não teve grandes chances porque foi muito pegado”. Pela formação tática e os erros de passe das duas equipes, a bola quase não passava das intermediárias com alguma ameaça efetiva para os goleiros.
Com os dois times ligeiramente mais incisivos no segundo tempo, Ceni e Rafael tiveram um pouco mais de trabalho. Aos 14 minutos, o santista espalmou ótimo cabeceio de Luis Fabiano no canto esquerdo. Dois minutos depois, o camisa 1 são-paulino quase viu Rafael Toloi marcar contra em cruzamento rasteiro de Bruno Peres.
Mais tarde, quem resolveu arriscar foi Jadson. Na primeira chance, pegou rebote da entrada da área e chutou firme, para boa defesa de Rafael. Depois, foi acionado no bico direito da área e bateu cruzado e rasteiro, vendo a bola passar rente à trave direita do arqueiro santista, que já estava vendido no lance.
Aos 38 minutos, Denilson cometeu falta desnecessária na lateral, recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso. O técnico Ney Franco então sacou Jadson para reforçar o meio com Wellington. A essa altura, o empate já passava a ser considerado o menos ruim, em virtude das circunstâncias. Foi o que aconteceu: com um jogador a mais, o Santos pressionou, mas não mexeu no placar.
A próxima rodada leva as duas equipes de volta a campo na quarta-feira. O Santos segue na Vila Belmiro para enfrentar o Flamengo, e o São Paulo viaja a Minas Gerais, onde visita o Atlético-MG.
Fonte: Gazeta Esportiva
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