O São Paulo foi para Salvador com a intenção de estrear bem na Sul-americana, torneio que pode lhe garantir um título no ano. Volta para a capital paulista com a vaga nas oitavas de final da competição bem encaminhada. O time venceu o Bahia por 2 a 0, no estádio de Pituaçu, e só não se classificará se perder por dois ou mais gols de diferença no jogo de volta, no dia 21, no Morumbi – derrota por 2 a 0 leva a definição para os pênaltis.
Por seis minutos, o São Paulo fez nesta quarta-feira a marcação na saída de bola que Ney Franco tanto pede. Conseguiu uma falta que Rogério Ceni cobrou com perfeição para abrir o placar. O resto do primeiro tempo foi um espaço para passes errados. Quando os anfitriões tentavam pressionar, Cortez apareceu em contra-ataque e Ademilson ampliou, aos 22 minutos.
As lamentações dos paulistanos são em relação a Luis Fabiano, que deixou a partida ainda no primeiro tempo e não deve estar em campo no domingo, no Morumbi, contra o Sport, quando a equipe tenta se aproximar das quatro primeiras colocações do Brasileiro. Já o Bahia, na zona de rebaixamento da liga nacional, visita o Grêmio em Porto Alegre.
O jogo – Durante os seis primeiros minutos da partida, o São Paulo seguiu à risca as ordens de Ney Franco. Como o técnico prega e repete a cada entrevista, treino e preleção, a equipe pressionou a saída de bola no campo do Bahia a ponto de chegar a ter todo o time depois do meio-campo, deixando os anfitriões perdidos.
Na tentativa de tentar para o adversário, o time nordestino acabou cometendo falta em Douglas à altura da meia-lua, aos seis minutos. Parecia ter esquecido que Rogério Ceni estava de volta ao gol do clube paulista. Do seu local predileto para bater faltas, o camisa 01 cobrou com perfeição no ângulo esquerdo de Marcelo Lomba.
A pressão são-paulina havia dado resultado e já havia tempo para respirar. O adversário propiciou ainda mais a escolha por diminuir o ritmo dos paulistanos. Os comandados de Caio Júnior erravam passes seguidamente. A maior sequência de toques parava, normalmente, em um erro de domínio, na maioria das vezes com Souza.
O São Paulo, porém, se contentou demais com o gol de Rogério Ceni. E deu espaço para que os rivais aprimorassem seu toque de bola. Desta forma, Zé Roberto começou a aparecer na partida, avançando pelos dois lados e até voltando para buscar a bola na defesa. Em um desses retornos, recebeu falta e conseguiu que Rodrigo Caio levasse amarelo.
Mesmo sem qualidade, o Bahia ficava mais tempo no ataque, auxiliado também pela movimentação de Júnior. Desta forma, conseguia escanteios, e em um deles, aos 28 minutos, teve uma péssima saída do gol de Rogério Ceni. O veterano, porém, se recuperou a tempo de dar um tapa para evitar que Souza balançasse as redes.
Naquele momento, contudo, o relaxamento excessivo dos visitantes era prejudicial. Tanto que, aos 30 minutos, Júnior prendeu a marcação até encontrar Fahel sem nenhuma marcação para acertar o travessão. Aos 40 minutos, o mesmo Júnior jogou fora uma boa chance ao ser ‘fominha’ e, em vez de tocar para Souza e Zé Roberto, melhores posicionados, chutou muito mal.
Beneficiado pela falta de qualidade do adversário, o São Paulo começava a sofrer e lamentava ainda mais por ter perdido Luis Fabiano aos 40 minutos, que sentiu fisgada na coxa esquerda e foi trocado por Willian José. Antes do intervalo, ao perceber que Zé Roberto poderia causar a expulsão de Rodrigo Caio, trocou o garoto pelo também jovem meio-campista João Schmidt.
Caio Júnior se assustou do banco por ver Ney Franco fazer duas mudanças, mas percebeu que precisava mexer. Tirou que Gerley, que mais atrapalhava no ataque ou na defesa, e apostou no bem ofensivo Ávine na lateral esquerda. Antes dos dez minutos, aumentou a mobilidade do ataque trocando Júnior por Lulinha.
O Bahia ocupou mais o campo adversário, mas continua faltando quem soubesse transformar a pressão em maior trabalho de Rogério Ceni, que executou defesas mais complicadas somente afastando o perigo em chutes de longe nos primeiros minutos do segundo tempo. Quando Zé Roberto não tinha mais condições de correr, Ciro entrou em seu lugar.
Mas quem correu mesmo foi Cortez, e com mais eficiência. Aos 22 minutos, o lateral esquerdo deu um drible de corpo em Fahel e só foi tocar na bola para bater na saída de Marcelo Lomba, acertando a trave. No rebote, Ademilson ampliou o placar a favor dos visitantes.
Desta vez, o São Paulo escolheu a hora certa para respirar. E os mandantes pareceram aceitar o placar. Mexida somente na troca de João Filipe, que ficou com câimbras por tanto correr atrás dos rápidos e ineficientes atacantes do Bahia, por Paulo Miranda. A vitória estava definida.
Fonte:Gazeta Esportiva
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