É até uma sacanagem querer avaliar o holandês Seedorf pelos seus primeiros minutos no futebol brasileiro. É evidente que os 34 mil botafoguenses que pagaram ingresso para ver a estreia saíram decepcionados do Engenhão. Queriam uma grande atuação e uma vitória sobre o Grêmio. Não levaram nem um, nem outro. Seedorf, que eestava em fim de temporada na Europa, ainda não está em condições de ser avaliado. Mostrou a categoria de sempre, só que em pílulas.
O uruguaio Diego Forlán já deixou claro que não quer estrear de qualquer jeito no Internacional. Forlán é inteligente, sabe o que a torcida colorada espera dele. O torcedor imagina que estará no Beira-Rio aquele Forlán que fez chover na Copa da África do Sul em 2010. E ele sabe que precisa de mais condicionamento físico antes de ser colocado à prova.
Há outros casos pelo Brasil de jogadores veteranos que fizeram bonito na Europa e estão por aqui. Mancini no Bahia, Zé Roberto no Grêmio, Dida na Portuguesa, o próprio Deco no Fluminense. São jogadores importantes, bons de bola mesmo. Ajudam muito no marketing dos clubes, ajudam no desempenho das equipes. O problema aí é o alinhamento de expectativas. O torcedor é levado a acreditar que está chegando o craque do passado e não o jogador útil do presente. Se entendermos assim, Seedorf, Forlán e companhia serão valiosos no Campeonato Brasileiro. Mas se acharmos que temos craques planetários desfilando o “melhor futebol do mundo” nos nossos gramados esburacados a decepção pode ser planetária também.
Fonte: Placar
Deixe um comentário